Planos, propósitos, metas, objetivos...
Nesses tempos em que estou sem rumo definido na vida acabo tendo, na verdade, vários deles. A sabedoria popular diz que quem não tem um tem vários. Acho que é o meu caso atualmente.
Enquanto trabalho na Prefeitura de Itaboraí e conheço muita gente boa faço planos para voltar a dar aulas de música/teclados e também penso em voltar a pastorear e a pregar. Também estou preparando um show instrumental com músicas do Clube da Esquina e começo, agora em fevereiro, uma nova faculdade e a treinar com mais seriedade para conseguir pedalar melhor e alcançar algumas metas no ciclismo.
É claro que a saúde está no topo dos objetivos. Continuar a terapia e o acompanhamento médico é algo do qual não posso prescindir. O objetivo é evitar as famosas recaídas e, por fim, receber alta (quem sabe um dia).
Planejo e faço tudo isso porque é muito ruim perder o propósito ou os propósitos da vida. Eu lembro que quando era criança não pensava nessas coisas. A vida e os propósitos se fundiam e não era preciso refletir sobre esse assunto. As alegrias, o mundo e seu sentido eram uma coisa só, vividos todos os dias, sem planejamento algum. Tudo era vida, tudo acontecia no mesmo dia e o que não dava certo era logo substituído, até que eu cresci e comecei a fazer planos. Planos são coisas de gente grande. Eu não sei porque exatamente comecei a fazê-los.
Como os planos são providências para o futuro (alguém nos ensinou que não se faz planos para o presente...) minha vida e meus objetivos passaram a ter data definida: mês que vem, ano que vem, quando eu casar, quando me aposentar... Aí apareceram as agendas, os aplicativos, os especialistas, os coachees, e por último o mindfulness. É preciso dizer que todos esses recursos e profissionais são importantes e úteis, e, para muitas pessoas, necessários.
Eu sei que, como um adulto, não posso mais fazer planos para hoje mesmo, ou fazer plano nenhum como quando era criança, mas preciso, para minha própria sobrevivência, simplificar as coisas. Minha alma clama pela simplicidade e talvez por isso mesmo eu fuja tanto das técnicas complicadas para melhorar(?) a vida. No momento estou tentando responder à apenas duas perguntas: "O que quero fazer aqui?" e "O que posso fazer para ajudar às pessoas?". Acho que essas perguntas reúnem todos os possíveis propósitos que quero para minha vida. Penso também que após o que aconteceu comigo é com o que devo me ocupar: fazer (para mim) e ajudar (para outros). Pastorear, pregar, dar aulas, trabalhar, fazer faculdade, pedalar, aconselhar, fazer show, tocar teclado, ser esposo, ser pai e amigo estão dentro do plano, mas tudo com simplicidade e calma.
(Continua no próximo post, mas não agendei a data para escrevê-lo ainda...)
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